Janeiro Branco 2023

Em 2023, o tema do movimento Janeiro Branco não poderia ser outro:
A vida pede equilíbrio! Juntos, a gente consegue levar essa mensagem ao mundo!

O que é o Janeiro Branco?
O Janeiro Branco é um movimento social dedicado à construção de uma cultura da Saúde Mental na humanidade. É, também, o nome do Instituto que coordena esse movimento.
O seu objetivo é chamar a atenção dos indivíduos, das instituições, das sociedades e das autoridades para as necessidades relacionadas à Saúde Mental dos seres humanos.
Uma humanidade mais saudável pressupõe respeito à condição psicológica de todos!


Por que Janeiro Branco?
Janeiro, o primeiro mês do ano, inspira as pessoas a fazerem reflexões acerca das suas vidas, das suas relações, dos sentidos que possuem, dos passados que viveram e dos objetivos que desejam alcançar no ano que se inicia. Janeiro é uma espécie de portal entre ciclos que se fecham e ciclos que se abrem nas vidas de todos nós.
A cor branca foi escolhida por, simbolicamente, representar “folhas ou telas em branco” sobre as quais podemos projetar, escrever ou desenhar expectativas, desejos, histórias ou mudanças com as quais sonhamos e as quais desejamos concretizar.


Informações sobre Saúde Mental!
Campanhas geram conscientização, combatem tabus, mudam paradigmas, orientam os indivíduos e inspiram autoridades a respeito de importantes questões relacionadas às vidas de todo mundo!
O Janeiro Branco é uma fonte inesgotável de ações e de reflexões sobre tudo isso – confira as nossas redes sociais e veja tudo o que já foi realizado desde o início da Campanha, em 2014!


O que o Janeiro Branco realiza?
O Janeiro Branco promove palestras, palestras-relâmpago, oficinas, cursos, workshops, entrevistas para a mídia, lives, caminhadas, rodas de conversa e abordagem de pessoas em todos os lugares nos quais as pessoas se encontram: ruas, praças, igrejas, empresas, residências, academias, shoppings, hospitais, prefeituras etc.
Entre em contato para saber mais e para participar!


A vida pede equilíbrio diante de mudanças cada vez mais desafiadoras e aceleradas que exigem novas atitudes, novas habilidades, novos entendimentos e novos comportamentos!

Reúna a sua turma, fale com colegas de trabalho, da escola, da igreja, chame a família, chame a empresa e organize palestras, rodas de conversa, caminhadas, tira-dúvidas sobre qualidade emocional de vida e, também, muitas atividades on-line para espalhar a boa notícia de que Saúde Mental tem jeito sim, mas todo mundo precisa aprender o que fazer!

Fonte: https://janeirobranco.com.br/

Educação e felicidade caminham juntas e de mãos dadas

Artigo de Janice Salomão

“Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos fragmentos de futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente. Que a escola, ela mesma, seja um fragmento do futuro… (Rubem Alves)

Sempre que me atrevo a escrever sobre educação tenho duas pessoas que servem de constante inspiração São elas: Rubem Alves e Paulo Freire.

Enquanto um me convida a voar, sonhar, olhar com sensibilidade, imaginar outros mundos e tocar uma flauta mágica, o outro me convida a colocar os pés no chão, embarreá-los, dar sentido universalizante, construir democracia, conhecer a vida e recriá-la a partir da realidade. Mas há uma certeza que não muda: é a que a educação pode caminhar sem a metodologia freiriana, mas é impossível que caminhe sem a sensibilidade de Rubem.

Exemplos que ilustram essa afirmativa têm vindo de várias partes do mundo, inclusive do Vaticano, e de várias instituições brasileiras ligadas à educação. Uma delas, a UNESCO Brasil acabou de publicar o relatório sobre a educação no Brasil e um dos grandes destaques foi incorporar a necessidade urgente de resgatar o afeto no sistema educativo. ”Toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva.” (R.A)

Esse reconhecimento pós pandemia, vem ao encontro dos estudos sobre o tema, pelo Instituto Movimento Pela Felicidade, e que se faz iluminar pelas recentes pesquisas de Harvard e de outras renomadas universidades no mundo, que afirmam ser a  educação um processo de construção da pessoa como um todo e não só de seu cérebro. Os sentimentos, a espiritualidade, o autoconhecimento, a empatia, a solidariedade, a resiliência e a capacidade de se relacionar amorosamente de forma inclusiva, tornam o ato de educar mais que um ato de aprendizagem, um ato de humanidade.

Se considerarmos as pesquisas que apontam para o futuro como a Era Humanoide, então a educação pautada em virtudes e valores caminha para esse futuro carregadinha de sentido e, portanto, muito próxima das dimensões já comprovadas, que fazem uma pessoa feliz em todas as fases de sua vida. Uma educação que convida a pessoa para que ela olhe e veja a vida de forma positiva, que diante de desafios não fique encapsulada, se lamentando, mas sim se coloque positivamente, com coragem, com sabedoria e sabendo buscar respostas assertivas para a sua resolução. A educação tem que ser, ao mesmo tempo desafiadora e amorosa, com um olhar integrador e com os ouvidos aptos a uma escutatória significativa.

É, pois, possível educar com e para a felicidade? Sim é possível. Muitos de vocês leitores, poderão trazer à memória nesse momento aquele ou aquela mestra que deixou uma marca em sua vida. Se não teve afeto, a marca foi desastrosa, mas se teve afeto, bateu uma saudade gostosa e o conhecimento foi prontamente voltando à sua memória.

E, assim mesmo, urge um tempo novo na educação, especialmente na educação pública onde os desafios são maiores e as crianças e adolescentes são ainda mais abertos a receber de seus mestres o carinho, a compaixão e o conhecimento valoroso. É possível e muito mais fácil. Basta acreditarmos que ser feliz é contagiante.

James Fowler, grande educador e teólogo americano, diz que se não “cuidamos” da criança, em sua totalidade, nos primeiros anos de vida, ela será um adulto desconfiado e infeliz. Assim como ele, nosso grande poeta e mestre Ruben Alves diz : “A educação se divide em duas partes: Educação das Habilidades e a Educação das Sensibilidades. Sem a Educação das Sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido. Os conhecimentos nos dão meios para viver. A sabedoria nos dá razões para viver.

Por fim, a educação busca adultos competentes não em conteúdos específicos que o próprio Google pode fornecer, mas educadores com emoções, com desejos, com intermináveis buscas em seus processos de desenvolvimento e autoconhecimento. A educação quer flautistas mágicos que ao menor som carregam atrás de si meninos e meninas alegres e saltitantes com experiências de felizes aprendizagens. 

Se começamos com Rubem, terminamos com Freire“A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir à discussão criadora, sob pena de ser uma farsa.”

Com Rubem e com Paulo ao nosso lado, nós educadores temos a sagrada missão de transformar sonhos em realidades, meninos e meninas em homens e mulheres. Assim, quando olharmos para trás poderemos dizer: minha vida, de fato, valeu a pena.

Janice Salomão

Seja um voluntário, onde o seu coração indicar

Artigo de Fernando Brancaccio, especialista em Neurociência e Palhaço.

Há quase dez anos decidi fazer uma pausa na carreira. Meu corpo pedia e minha mente implorava. Era hora de cuidar da saúde e de planejar cautelosamente os próximos passos, de tentar imaginar o futuro e decidir qual caminho seguir, numa cena digna daqueles filmes onde você se depara com uma encruzilhada com várias setas antagônicas indicando: Sucesso, Risco, Aprendizado, Investimento, Aposentadoria, Empreendedorismo, Desemprego, Felicidade… Sem ao certo saber qual direção adotar, arrisquei que era o momento de entender melhor e trilhar meu Propósito dali em diante e quase “sem querer querendo”, como dizia Roberto Gómez Bolaños, na voz de sua inesquecível personagem Chavez, acertei em cheio o caminho da Felicidade! 

Em um breve, mas intenso período sabático, mergulhei em investidas até então desconhecidas e necessárias, como seções de psicanálise, acompanhamento reumatológico (consequências do burnout, artrite psoriática e fibromialgia – todas doenças psicossomáticas adquiridas e que hoje entendo como preço alto a pagar por minha completa falta de gestão emocional enquanto executivo), além de dois cursos que mudaram o rumo da minha vida: uma Especialização em Neurociência e um curso extensivo de Palhaço. E, sim, em virtude dessas duas capacitações transitei por universos até então inexplorados como a mente, a arte e a humanização.

Tão logo conclui o curso de linguagem clown, recebi um convite inesperado e assustador de fazer parte do Departamento de Voluntários de um dos maiores Hospitais da América Latina, me juntando a uma trupe de palhaços visitadores.  Mesmo tendo receio desse ambiente por mim desconhecido, aceitei o desafio e em pouco tempo já havia me apaixonado pela missão de visitar pacientes e tentar, mesmo que por alguns instantes, tirar o foco da dor, da preocupação e do medo! A cada ala da pediatria, da oncologia, UTI, transplantes ou mesmo consultórios observados da ponta de um nariz vermelho (a menor máscara do mundo, como nós palhaços gostamos de dizer) nos deparamos com histórias de superação, de aflição, de alegria, de luto, de estresse, irritação, coragem…  Percebi que o ambiente hospitalar de altíssima complexidade, que até então me amedrontava, passou a me encantar, intrigar e ensinar com todas as suas nuances emocionais: do estresse das equipes de saúde (sobretudo em tempos de pandemia), ao alívio do paciente que recebe alta; da tristeza de quem recebe um diagnóstico grave ao êxtase de avós ao conhecerem um netinho(a) que acabara de chegar ao mundo, da impaciência de acompanhantes que quase nada podem fazer para aliviar a dor de um ente querido à completa atenção plena das equipes de psicologia, fisioterapia, cirurgias e enfermagens em suas inúmeras atribuições que exigem concentração e foco no cuidado dedicado ao outro.

Enfim, tive a grata oportunidade de conhecer, enxergar e entender que um hospital produz os mais diversos, complexos e inesperados sentimentos em todos que por ali transitam: profissionais, pacientes, visitantes, técnicos e até palhaços. Que cada ser um tem seu inestimável valor, da função mais simples até a mais estudada.  Tive a oportunidade de experimentar a Neurociência na prática, transformando meus antigos medos em alegrias, através da ocitocina (o hormônio do amor) liberada a cada seção voluntária de Humorologia, arte que nos ensina todos os dias que divertido é o contrário de chato e não de sério, que o sorriso é o abraço que se dá de longe e que rir desentope o nariz, por mais vermelho que ele seja…

E mais importante de tudo, descobri que empatia é sobre ouvir e não sobre falar, que a gestão emocional começa pela simples leitura de um olhar e que a tão buscada Felicidade pode ser encontrada a cada instante, em cada conexão, no atendimento e no entendimento, na vitória ou no alívio!

Convido vocês a experimentarem a mesma sensação que eu tenho vivido. Seja um voluntário, onde o seu coração indicar.

Fernando Brancaccio, especialista em Neurociência e Palhaço.

Que tipo de Felicidade as pessoas mais valorizam?

Artigo de Cassie Mogilner Holmes

Claro, todo mundo quer ser feliz. Mas que tipo de felicidade as pessoas querem? É a felicidade experimentada momento-a-momento? Ou é ser capaz de olhar para trás e lembrar de um momento tão feliz? O vencedor do Prêmio Nobel Daniel Kahneman descreveu essa distinção como “ser feliz em sua vida” versus “ser feliz sobre sua vida.” Tire um momento para se perguntar, qual felicidade você está procurando?

Isso pode parecer um delineamento desnecessário; afinal, um tempo experimentado como feliz muitas vezes também é lembrado como feliz. Uma noite passada com bons amigos com boa comida e vinho será experimentada e lembrado alegremente. Da mesma forma, um projeto interessante com os colegas favoritos será divertido de trabalhar e olhe para trás.

Isso pode parecer um delineamento desnecessário; afinal, um tempo experimentado como feliz muitas vezes também é lembrado como feliz. Uma noite passada com bons amigos com boa comida e vinho será experimentada e lembrado alegremente. Da mesma forma, um projeto interessante com os colegas favoritos será divertido de trabalhar e olhe para trás.

Enquanto os estudiosos da felicidade têm muito tempo lutado com qual forma de felicidade deve ser medida e perseguida, ninguém simplesmente perguntou às pessoas qual versão da felicidade elas buscam. Mas se quisermos encontrar maneiras de ser felizes, pode ajudar a entender que tipo de felicidade realmente queremos.

Em uma série de estudos, recentemente publicados em O Jornal de Psicologia Positivaperguntamos diretamente a milhares de pessoas (de 18 a 81 anos) sobre sua preferência entre felicidade experiente e lembrada. Descobrimos que as preferências das pessoas diferiam de acordo com o tempo que elas estavam considerando — e de acordo com sua cultura. Para os ocidentais, a felicidade que a maioria das pessoas disse que queria para o dia seguinte era diferente da felicidade que eles disseram que queriam durante a vida, mesmo que os dias de alguém somam a vida de alguém. Achamos isso interessante; se as pessoas tomarem decisões por hora, elas podem acabar com uma versão diferente da felicidade do que dizem que querem para sua vida.

Em um estudo, pedimos a 1.145 americanos que escolhessem entre felicidade experiente (“onde você experimenta a felicidade em momento a momento”) e lembramos da felicidade (“onde depois você refletirá e se sentirá feliz”) por um período de tempo mais longo (ou seja, sua vida geral ou no próximo ano) ou um menor prazo (ou seja, o próximo dia ou hora). A maioria dos participantes escolheu a felicidade experimentada em vez de se lembrar de felicidade ao escolher para sua vida ou no próximo ano. Por outro lado, houve uma divisão aproximada dos participantes que escolheram a felicidade experimentada e se lembraram da felicidade ao escolher o que queriam para a próxima hora  ou dia. Esse padrão de resultados não foi afetado pela felicidade geral dos indivíduos, impulsividade, idade, renda familiar, estado civil ou estado parental.

Depois que os participantes fizeram suas escolhas, pedimos que escrevessem um pequeno parágrafo explicando o porquê. Descobrimos que aqueles que favoreceram a felicidade experimentaram, principalmente, expressaram uma crença em carpe diem : uma filosofia de que se deve aproveitar o momento presente porque o futuro é incerto e a vida é curta. Por outro lado, as explicações dos participantes para escolher a felicidade lembrada variaram desde o desejo de uma felicidade mais duradoura, a um tesouro nostálgico de memórias, à motivação para alcançar para se sentir produtivo e orgulhoso.

Assim, as pessoas se tornaram mais filosóficas quando solicitadas a considerar períodos de tempo mais longos como sua vida em geral, e relataram querer mais felicidade experimentada no momento. Mas quando eles pensaram sobre o dia ou hora seguinte, foi como se surgiu uma ética de trabalho puritana — mais pessoas pareciam estar dispostas a perder esses momentos de felicidade, a colocar o trabalho agora para poder olhar para trás mais tarde e se sentirem felizes. Essa vontade é necessária, é claro, durante certos períodos da vida. Mas a inadimplência com muita frequência pode levar a perder a felicidade. Esses momentos não aproveitados se somam, e juntos eles podem ir contra o que muitos acreditam que constitui uma vida feliz.

Realizamos mais alguns estudos para testar a robustez de nossos resultados. Em um estudo, demos às pessoas diferentes definições de felicidade lembrada para ver se um retrato em particular estava conduzindo o resultado. Em outro, variamos em quanto tempo era a hora que eles estavam considerando (“uma hora hoje” vs. “uma hora no final de sua vida”) para ver se a iminência e talvez a impaciência desempenharam um papel nas preferências das pessoas. Em ambos os casos, esses tratamentos não mudaram o padrão que vimos: ao escolher para sua vida, a maioria das pessoas escolheu a felicidade experimentada em vez da felicidade lembrada; mas ao escolher por uma hora, metade escolheu a felicidade lembrada.

Por último, queríamos testar se o padrão que vimos entre todos os nossos participantes americanos se generalizou para outras culturas. Apresentamos a mesma escolha entre felicidade experiente e lembrada, para a próxima hora ou para sua vida, para aproximadamente 400 pessoas em outros países ocidentais (Inglaterra e Holanda) e 400 em países orientais (China e Japão).

Como os americanos, ao escolher para sua vida, a maioria dos europeus  escolheu a felicidade experimentada em vez da felicidade lembrada; mas ao escolher para a próxima hora, a ética de trabalho puritana apareceu ainda mais fortemente com a maioria escolhendo felicidade lembrada em vez de felicidade experiente.

Em contraste, a felicidade preferida dos Easterners persistiu nos prazos. A maioria dos orientais escolheu a felicidade experimentada em vez da felicidade lembrada, independentemente de escolher para sua vida ou pela próxima hora. Por que essa consistência? Acreditamos que os participantes da China e do Japão foram mais claros em sua preferência pela felicidade experiente devido à longa história religiosa nas culturas orientais de ensinar o valor da atenção plena e apreciar cada momento presente.

Nossos estudos perguntaram a milhares de indivíduos qual de dois tipos de felicidade — experientes ou lembrados — eles preferiam. Descobrimos que a resposta depende se as pessoas estão considerando os pequenos pedaços de sua vida ou sua vida em geral, e de onde elas são. Embora a busca da felicidade seja tão fundamental a ponto de ser chamada de direito inalienável, a forma particular de felicidade que os indivíduos buscam é surpreendentemente maleável.

É importante notar que, embora essa pesquisa nos ajude a entender as crenças das pessoas sobre qual felicidade é preferível, ela não prescreve qual forma de felicidade seria melhor seguir. Mas esses resultados revelam que os ocidentais que planejam suas vidas a cada dia ou a hora provavelmente alcançarão uma versão diferente da felicidade do que eles mesmos acreditam que faz uma vida feliz. Estamos todos muito ocupados e somos levados a recusar oportunidades para nos sentirmos constantemente felizes. Mas se você acredita que quer uma vida de felicidade experimentada no momento, pense duas vezes antes de se impedir de alcançá-la.

Artigo publicado originalmente aqui.

Aviso: este texto foi traduzido com o uso de tradução automática e pode conter erros.

O mais difícil é descobrir ou assumir o seu talento?

por Liliane Moreira

Minha mãe sempre repetia um ditado: Deixe que os outros te elogiem!

As palavras dela ainda fazem muito sentido pra mim. Ainda acredito que o importante não é o quê que falo que posso fazer e sim que faço acontecer e como minha ação impacta a realidade das pessoas.

Por outro lado, percebo que existe sombria faceta nessa afirmação que confunde autoconfiança e arrogância e que talvez tenha gerado um peso muito grande em nossa geração. Nos levado a acreditar que nossa capacidade é medida unicamente pela opinião alheia e que a validação externa é a chancela do sucesso.

Isso me leva a crer, que em muitos casos, a dificuldade não é exatamente descobrir o próprio talento mas, conseguir não sentir-se arrogante ao expressá-lo.

O desafio de separar emocionalmente e socialmente a arrogância da autoconfiança.

Autoconfiança é ter consciência do próprio poder, enquanto a arrogância é acreditar que seu poder é o único que merece o elogio. Acredite! Se você fosse arrogante, não se preocuparia em ser arrogante.

No entanto, se algo ainda te incomoda o problema pode estar na última etapa. Você já sabe seu talento, não se sentiria arrogante ao expressá-lo mas, assumi-lo te paralisa. Afinal, com grande poder, vem grande responsabilidade.

Assumir que se é bom em algo, é assumir que pode fazer a diferença, que está pronto para o desafio de colocar sua habilidade à disposição de uma realidade melhor. É tirar o talento do holofote e deixar brilhar o impacto que ele pode causar. Deixar que as marcas positivas falem por si. E talvez seja isso, que nossas mães queriam dizer quando repetiam o ditado.

Descubra, aceite e assuma o seu talento! E permita que ele faça a diferença.

Cidades Felizes – os novos desafios para gestão pública municipal

O que há de mais permanente em nossas vidas é a mudança, e podemos constatar isso em toda a história conhecida da humanidade, e os momentos atuais não seriam diferentes na essência, mas apenas na forma como a mudança acontece, principalmente em tempos de rede social e uma humanidade com 8 bilhões de seres humanos conectados.

As culturas, valores, interesses e movimentos são publicados e compartilhados com muita intensidade, gerando um volume de informação de tamanho incalculável, e que nos traz ao mesmo tempo mais informação e as vezes conhecimento, mas também muitas dúvidas sobre os caminhos que precisamos trilhar na direção da felicidade, bem-estar e paz.

Por aqui temos uma boa amostra deste movimento mundial, com impacto direto em nossas vidas, seja no custo de vida, na qualidade dos relacionamentos, na qualidade de vida, nas condições básicas de saúde, educação, segurança, habitação, entre tantos outros temas de interesse coletivo.

Temas estes que fazem parte do arcabouço político, pois são base para a formatação das políticas públicas de direito, que sempre afetam, de alguma forma, a vida de todos nós.

Este movimento tem impulsionado um maior envolvimento da sociedade no debate político e claramente se percebe muita insatisfação com o modelo atual, independente da ideologia, quando se nota ser plenamente majoritário o propósito de busca por uma situação melhor.

Para mudar é preciso inovar, pensar fora da caixa, se expor às críticas de novas ideias, pois foi sempre assim, as grandes mudanças sempre começaram por um pequeno grupo de pessoas e que na maioria foi rotulado de “loucos”, não é isso?

Há alguns anos, pessoas que defendiam o estudo da felicidade eram assim tratadas, pessoas que abraçavam árvores, malucos. Hoje o tema é estudado nos principais centros de pesquisa do desenvolvimento humano e aplicados com intensidade em grandes empresas mundiais.

Temos em comum a vontade de alcançar a felicidade, a bem-aventurança e saúde plena, sem dor. Este desejo nos impulsiona a pensar “fora da caixa”, nas alternativas que possam nos prover um ambiente mais saudável e equilibrado para viver.

Desta forma identificamos, ainda em tempo, a necessidade de termos um modelo de gestão pública bem mais eficiente, onde o cidadão se sinta motivado a participar e se engajar com o propósito do bem comum, dando mais sentido à sua própria vida.

Transformar estruturas, ou modelos existentes, demanda certa quantidade de energia, das pessoas, sistemas diversos e processos, sendo proporcional ao objeto a ser transformado. No caso político, mudanças nas esferas federal e estadual são gigantes e a mudança se mostra bem complexa. Mas em contrapartida, quando se analisa as possibilidades de mudanças políticas nos municípios, e quanto menor melhor, identifica-se oportunidades bem viáveis de serem executadas, considerando que o cidadão está verdadeiramente conectado neste território, se identifica com ele, e é onde tudo realmente acontece, a vida é real.

Pensar, ou repensar uma cidade com base nos conceitos da felicidade, é formatar um modelo de gestão pública onde o “Ser Humano” seja verdadeiramente o centro de todas as políticas, iniciativas, projeto e programas, isto é, tudo deve girar em torno dele, com intenção autêntica de toda a sociedade, em particular daqueles que foram eleitos para cuidar do bem público.

“Cidades Felizes” é uma proposta de valor, uma metodologia para auxiliar os gestores municipais neste processo de transformação, utilizando conceitos de ciência da felicidade e do FIB, Felicidade Interna Bruta, que trabalha com 9 pilares de desenvolvimento, incluindo o aspecto econômico, mas não se limitando a ele, sempre tendo o “Ser Humano” no centro de todas as decisões.

O desafio inicial é eleger pessoas comprometidas com estes conceitos, que trabalhem arduamente em sua implementação, criando iniciativas dentro dos 9 pilares de desenvolvimento definidos pelo FIB, garantindo profissionalismo, eficiência, engajamento da sociedade, transparência, integração e colaboração pelo bem comum.

Trata-se de iniciativas extremamente práticas e simples na execução, mas com grande desafio em relação à forma de envolvimento das pessoas, sociedade e servidores, e o relacionamento intersetorial, buscando o alinhamento ao propósito comum de desenvolvimento humano sustentável.

Somos, por natureza, avessos a mudança, principalmente nos hábitos já enraizados em nosso comportamento por décadas. Porém, estamos em uma situação limite e de grande exaustão emocional e mental do Ser Humano, o que demanda movimentos de mudança, com urgência.

“Cidades Felizes” provê a metodologia assertiva, cientifica e profissional para suportar este movimento de transformação, com respeito ao Ser Humano, ao meio ambiente, aos valores culturais e tradicionais do território. Busca resgatar o desejo latente em todos nós, a busca pela Felicidade e bem-aventurança, através do resgate do protagonismo das pessoas na construção de uma sociedade diferenciada e melhor, para todos.

Não é um sonho que sonhamos sozinhos, é um sonho compartilhado, concreto, sustentável e exequível. Pode ser realizado, depende de nossa vontade e disposição em trabalhar pelo bem comum, e ser protagonista nesta transformação.

Acesse o conteúdo detalhado deste programa, basta nos enviar um e-mail e lhe encaminharemos o projeto “Cidades Felizes”, para te inspirar e motivar a ser um agente de transformação, propondo este movimento em seu município.

Conte com nosso apoio na busca de um lugar bem melhor para todos viverem.

Wagner Delgado Costa Reis

A Felicidade incentiva o turismo ou o turismo traz felicidade?

Afirmar que Guimarães Rosa era feliz o tempo todo, seria no mínimo leviano, afinal, gênios também são de carne, ossos e sentimentos. Porém, ao constatar que “felicidade se acha em horinhas de descuido”, ele traduz, de forma simples, que pensar felicidade enquanto um caminho a ser percorrido, faz mais sentido do que tê-la como um ponto de chegada, em uma busca incessante.

A felicidade tem sido foco de debate e colocada em destaque nos últimos tempos. Reconhecida enquanto ciência, foi, pela primeira vez, definida pelo Reino do Butão como base para orientação e mensuração da capacidade de geração de riqueza e desenvolvimento de um território e sua população, através do FIB – Felicidade Interna Bruta. Teve, em 2013, sua relevância destacada pela Organização das Nações Unidas, quando foi instituído o dia 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade.

Este cenário permite inferir que a felicidade passou a transitar da esfera do indivíduo, para o coletivo. Deixou de ser compreendida apenas como algo particular, para ser compartilhada, passando do etéreo ao mensurável.

Em uma sociedade em que o consumo de medicamentos se torna cada vez mais excessivo, e as doenças psicológicas também, situação agravada pelo enfrentamento à uma pandemia nos últimos dois anos, a compreensão da felicidade torna-se pauta essencial. Seja para o planejamento e desenvolvimento de políticas públicas, reflexões sobre o futuro do trabalho, vida em sociedade e que, dentre as várias consequências que seu efeito poderá ter, está também a possibilidade de vir a se tornar uma ferramenta de incentivo à atividade turística.

No turismo há uma espécie de “mantra” que diz que um destino turístico será bom para o turista, se for bom para o morador. Claro, não sejamos ingênuos em afirmar que esta é uma realidade de todos os destinos, este não é o objetivo. O ponto aqui é considerar que a felicidade se torna uma diretriz que contribui para ganho de qualidade de vida da população, seja com melhores serviços, seja com novas oportunidades de emprego e renda, seja com a melhoria da gestão do território. Assim, onde existe uma sociedade mais feliz, as chances desta ter um perfil acolhedor e receptivo aumentam e contribuem positivamente para a construção da imagem, posicionamento e reputação de um destino turístico.

Do outro lado desta equação está o próprio turista, o indivíduo. O que nos faz retornar ao caráter também particular da felicidade. Cada indivíduo terá sua forma de vivenciar a felicidade. Para alguns, será a possibilidade de estar mais tempo com família e amigos, para outros, poder praticar esportes, desenvolver hobbies como dança, leitura, arte, e para muitos, a realização de viagens.

Pesquisas recentes demonstram que viajar tem sido cada vez mais identificado como fonte de felicidade do que a aquisição de bens materiais, até mesmo da casa própria. Isso porque, a satisfação e o sentimento de felicidade ao adquirir bens é momentâneo, e se dissipa à medida em que este novo bem passa a fazer parte da rotina. Já a viagem gera memórias das experiências vivenciadas, experiências estas que promovem uma contínua sensação de felicidade ao serem lembradas, compartilhadas.

Turismo é a oportunidade do encontro. Viagens dão a chance de pessoas com histórias, memórias, culturas e origens, completamente distintas, terem a oportunidade de se conhecer, conversar e compartilhar alguns momentos.

Evidente que este contato ocorre das mais variadas formas e nos mais variados segmentos de turismo, como turismo cultural, de aventura, rural, etc. Mas, destaco o Turismo Criativo, termo cunhado no início dos anos 2000, que remete à uma forma de praticar turismo, e que, para simplificar, busca combinar a possibilidade de o turista experimentar suas habilidades criativas, a partir da realização de experiências com atores criativos locais. Por exemplo, participar do preparo de um jantar temático, uma aula de dança típica, ou a imersão em um ateliê de arte.

O “turista criativo” tem uma postura mais participativa do que o turista tradicional, ele almeja, além de conhecer pontos turísticos, paisagens e lugares, conhecer pessoas, seus modos de vida e assim, criar memórias e ter experiências que serão realmente únicas.

A pandemia impactou toda a cadeia produtiva do turismo e foi necessário aprender, na dor, seu caráter estratégico para desenvolvimento de riqueza e oportunidades de emprego e renda. Porém, um outro ponto também foi evidenciado, a necessidade que nós, seres humanos, temos de interagir. E neste quesito, a retomada das viagens, com o abrandamento das restrições, reaberturas de fronteiras e o avanço na vacinação, se torna sim uma oportunidade para resgatar esta atividade econômica, mas, não menos importante, se torna o momento para retomar experiências de felicidade.

Sendo assim, para responder a pergunta inicialmente apresentada, compreendo que as duas possibilidades são possíveis, porém, para que sejam alcançadas é importante não agirmos como o “avôzinho infeliz” do poema “Felicidade” de Mário Quintana, que busca por toda parte, o que está na ponta do nariz.

Marina Simião
Turismóloga, Mestre em Economia Criativa e Diretora de Difusão do Conhecimento do Instituto Movimento pela Felicidade

Felicidade… em qual mundo?

Muito se tem falado sobre a felicidade nos últimos tempos.

O espírito de Miramez, no livro Páginas Edificantes, nos esclarece: “Imaginar que a felicidade é algo que se possui é gerar insegurança e decepção, pois, a qualquer instante, ela poderá escapar. A verdadeira felicidade deve estar instalada no coração, nele repercutindo a tranquilidade que vige na consciência operosa, afinada com as leis excelsas.”

E Lucas, no capítulo 17 de seu evangelho relata a afirmativa de Jesus aos fariseus: “… o reino de Deus está dentro de vós.”

Para Hammed, “A felicidade é um trabalho interior que quase nunca depende de forças externas. Deus representa a base da alegria de viver, pois a felicidade provém da habilidade de percebermos as “verdadeiras intenções” da ação divina que habita em nós e do discernimento de que tudo o que existe no Universo tem sua razão de ser.

O homem carrega na sua consciência a lei de Deus, afirmam os Espíritos Superiores a Allan Kardec. ‘A lei natural é a lei de Deus e a única verdadeira para a felicidade do homem. Ela lhe indica o que deve fazer e o que não deve fazer, e ele não é infeliz, senão quando se afasta dela’.”

A Felicidade é deste mundo?

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 5, Bem-aventurados os aflitos, item 20, encontramos como referência ao Eclesiastes 3:12: “A felicidade
não é deste mundo” . Aos que ainda não leram o texto citado, podemos adiantar: “ainda não”, e nem por isso deixamos de sentila, de vislumbrá-la e de desejá-la. Queremos a felicidade dos puros, e não sabemos o que isto significa, ainda. 

O Espírito de Hammed nos traz, também, outra reflexão profunda: “Qual a tua posição no universo de ti mesmo?”

O lugar que ocupo é meu mesmo, ou permito que seja o lugar que o outro, a sociedade me situou? Eu ocupo esse lugar ou tento ocupar o do meu próximo?

Como nos orienta Joanna de Ângelis, “A felicidade real independe daquilo que se tem, mas é resultado daquilo que se é.”

Jesus diz que somos deuses, que somos luz, e nos convida a deixar brilhar a nossa luz. Jesus nos diz que devemos amar o próximo como a nós mesmos, mostrando assim, o Caminho da Felicidade. E por não voltarmos o olhar para dentro de nós mesmos, por não exercitarmos o autoamor, por vivermos buscando fora o que está dentro, nos sentimos preteridos, esquecidos, injustiçados. Corremos atrás da magia e esquecemos que o esforço produz frutos, e a gratidão traz plenitude. “A cada um é dado segundo as suas obras.”

Continua Joanna de Ângelis, “Mesmo que não queiras, serás sempre responsável pelos efeitos dos teus atos.”

O que é Felicidade para você?

Artigo de Lícia Marques

Referência: 1) Páginas Edificantes, psicografia de Alda Maria – pelo espírito Miramez 2) O Livro dos Espíritos, questão 621 3) O Livro dos Espíritos, questão 614 4) Prazeres da Alma, Os, psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto – pelo espírito Hammed 5) Renovando Atitudes, psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto – pelo espírito Hammed 6) Vida: Desafio e Soluções – Divaldo Franco – pelo Espírito Joanna de Ângelis 7) Jesus e Atualidade – Divaldo Franco – pelo Espírito Joanna de Ângelis

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